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Decreto nº 10.306 e a obrigatoriedade do uso do BIM em obras públicas

Você sabia que partir do dia 1º de janeiro de 2024, a metodologia BIM deverá ser utilizada para executar, direta ou indiretamente, obras e serviços realizados por órgãos e entidades da organização pública federal?

O BIM (Building Information Modeling) é uma metodologia que integra diversas ferramentas, tecnologias e contratos para criar e gerir representações digitais abrangentes das características físicas e funcionais de edificações. Diferentemente do desenho tradicional em 2D, que oferece uma representação planificada, o BIM utiliza modelos 3D mais precisos e fáceis de compreender. Esses modelos vão além da mera representação visual, incorporando também dados de cronograma para otimizar a programação e a alocação de recursos, como a mão de obra. Além disso, os arquivos BIM podem ser extraídos, trocados ou colocados em rede para facilitar a tomada de decisão e permitem um orçamento mais acurado, permitindo estimativas de custo em qualquer etapa do projeto.

O decreto n 10.306 de 2 de abril de 2020, tem como objetivo implantar o BIM de forma gradual no Brasil obedecendo as seguintes fases:

Na primeira fase – a contar de 1º de janeiro de 2021, o qual deverá ser utilizado no desenvolvimento de projetos de engenharia/arquitetura, e abrangerá, a elaboração de modelos estruturais, a revisão dos modelos de engenharia e arquitetura − visando compatibilizá-los entre si; a extração de quantitativos; e a geração de documentação gráfica − extraída dos modelos.

Na segunda fase − a contar de 1º de janeiro de 2024, o BIM deverá ser utilizado na execução direta ou indireta de projetos de engenharia e arquitetura, e no gerenciamento de obras, e abrangerá, a orçamentação, a planificação e o controle das execuções, além da atualização do modelo e de suas informações quando construído (as built) − Isso para obras cujos projetos de engenharia e arquitetura que tenham sido realizados ou executados com aplicação do BIM.

Na terceira e última fase − a contar de 1º de janeiro de 2028, o BIM deverá ser utilizado na realização de projetos engenharia e arquitetura e no gerenciamento de obras referentes a construções novas, e abrangerá o gerenciamento e a manutenção do edifício após a sua construção − para os projetos de engenharia/arquitetura cujas obras tenham sido elaboradas com a aplicação do BIM. (fonte)

Entendemos este marco como um grande avanço para a construção civil em diversos níveis. Primeiro, porque o governo em si é um impulsionador de inovações, já que ao realizar decretos, o mercado vê a necessidade de  se atualizar e se adaptar a novas formas de prestar serviços. E segundo, porque a partir da nossa experiência com o uso das metodologias BIM, entendemos que essa ferramenta é extremamente benéfica para a fase de planejamento de projetos: o alicerce de qualquer obra séria e de qualidade. Veja alguns benefícios dessa implementação para as obras públicas:

  1. Ganhos de eficiência, redução de custos e de prazo, e inovação nos processos:

O BIM auxilia em todas as fases do projeto da obra, impactando diretamente nestes quatro pontos principais. Isso porque, com ele, podemos simular cenários e construir o empreendimento de forma virtual antes de levá-lo para o canteiro de obras, a fim de coletar todos os dados e possibilidades, e evitar ao máximo a ocorrência de erros na hora da execução. Isso tudo, principalmente quando pensado em conjunto com a metodologia Lean, que visa deixar os processos o mais eficientes ao analisar todas oportunidades de melhoria.

Além disso, ele também traz funcionalidades que facilitam e automatizam o trabalho, acelerando a tomada de decisões e impactando positivamente a execução de projetos, independente de sua complexidade.

  1. Colaboração simultânea entre diferentes profissionais de uma mesma cadeia construtiva:

A ferramenta, além de centralizar todas as informações da obra em um só lugar, possibilita que todos os profissionais envolvidos acessem esses dados de forma remota, padronizada e organizada. Ou seja, é uma forma de integrar a comunicação entre as diferentes etapas do projeto, como a logística de deslocamento da fábrica para o canteiro, execução obra, entre outras fases da cadeia produtiva, permitindo que elas aconteçam de maneira fluida e, muitas vezes, simultânea.

  1. Ganhos sociais:

A rapidez na entrega e a oportunidade de suprir as necessidades da população de forma ágil, com menor custo, e maior qualidade também influenciam diretamente no desenvolvimento social. 

E principalmente para obras públicas, existe um grande compromisso com a assertividade de um contrato. Por isso, se dedicar a fase de projeto com o auxílio da tecnologia BIM faz com que o dinheiro público seja gasto de forma muito mais responsável.

Quer saber mais? Entre em contato: www.tecverde.com.br/contato


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