Brasil é o quinto país no mundo com o maior número de construções ESG
Fonte: GBC Brasil
A construção civil entrou de vez na dança do ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança). E não é à toa. De todas as atividades praticadas pelo ser humano, essa é uma das que mais têm impacto no meio ambiente. Segundo o Conselho Internacional da Construção (CIB), mais de um terço dos recursos naturais extraídos no Brasil são para a indústria da construção e 50% da energia gerada abastecem a operação das edificações. O setor também é um dos que mais produzem resíduos sólidos, líquidos e gasosos, sendo responsável por mais de 50% dos entulhos, entre construções e demolições.
Para acelerar a transformação da indústria em direção à sustentabilidade, o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), entidade sem fins lucrativos presente em mais de 80 países, atua em diferentes frentes, unindo empresas de todas as fases da construção – de projetos e fornecedores de materiais a contratantes de obras, construtoras e incorporadoras – a fim de fomentar práticas ecologicamente efetivas.
“Nossa atuação envolve capacitação profissional, disseminação do conhecimento em ‘green building’ (edificação verde), diálogo com o governo sobre políticas públicas positivas e promoção de certificação desses empreendimentos”, diz Felipe Faria, presidente da GBC Brasil. Segundo ele, a ideia é que a sustentabilidade seja pensada desde a fase do projeto, criando estratégias já no papel para economizar recursos.
O executivo diz que as certificações se dividem em dois tipos (para prédios corporativos ou residenciais) e que as regras analisam macrotemas como localização e como o edifício se relaciona com o entorno, eficiência energética, uso eficiente da água e quesitos sociais. “Tem uma série de pré-requisitos dentro desses macrotemas que precisam ser cumpridos”, diz, explicando que são cerca de 70 práticas sugeridas para que o empreendimento vá ganhando pontos. “São metas de desempenho com base nas normas técnicas, mas sempre acima do que essas normas exigem.”
Faria diz que, apesar de ser um mercado conservador, a construção brasileira teve grandes avanços desde que a GBC Brasil chegou por aqui, em 2007. Hoje, o País é o quinto com o maior número de projetos sustentáveis no ranking mundial. “A chave foi enfatizar o econômico no tripé ESG, identificar os ganhos econômicos com os aspectos de ganho socioambiental”, diz. “Imagina o custo de um prédio em 50 anos, por exemplo. Ao longo desse período, 15% do custo foram com construção e 85% são com operação. Então, qualquer investimento na fase construtiva já implica o ‘payback’ (retorno financeiro) em curto prazo.”
Retorno bastante representativo, por sinal, frente à redução das despesas operacionais. São edificações que diminuem, em média, 25% dos gastos com energia (podendo chegar a 60%) e de 40% a 60% com água, além de desviarem de 65% a 80% dos resíduos gerados na construção para reúso ou reciclagem, em vez de mandarem para o aterro.
Primeiro Residencial MCMV com selo GBC
O Pinhais Park foi o primeiro residencial Minha Casa Minha Vida a conseguir a certificação Green Building Council Brasil (GBC Brasil), referência em construções sustentáveis. A incorporação é assinada pela Valor Real, que possui mais dois empreendimentos em parceria com a Tecverde o Mar del Plata e o La Serena.
As obras dos três empreendimentos (Pinhais Park, La Serena e Mar del Plata) foram 100% finalizadas no último mês de abril, sendo que as unidades foram todas vendidas pela incorporadora ainda na planta, em 2018.
Com o sistema construtivo Tecverde, os empreendimentos além dos requisitos de sustentabilidade, exigidos pelo GBC, durante a execução da obra, como a conservação de energia e água, redução das emissões de gases de efeito estufa e redução de resíduos, ainda irá proporcionar aos futuros moradores uma melhora significativa em relação ao termoacústica, que garante uma casa termicamente mais eficiente e com melhor isolamento de ruídos externos, se comparada as construções de alvenaria tradicional.
Estes fatores aliados a qualidade da tecnologia Tecverde – uma empresa altamente preocupada em oferecer soluções focadas na inovação – são diferenciais importantes não só para esta obra em particular, mas para todo o ecossistema da construção civil.