Obras industrializadas despontam em meio aos aumentos nos insumos da construção civil
Há alguns meses estamos acompanhando as notícias de altas nos preços dos materiais de construção e o desabastecimento de insumos, que vêm preocupando as empresas do setor.
Segundo notícia desta semana do Jornal Estadão no acumulado de 12 meses até abril do INCC-M, registraram aumentos expressivos: vergalhões e arames de aço carbono (68,85%), tubos e conexões de ferro e aço (69,71%), tubos e conexões de PVC (62,09%), condutores elétricos (80,69%), cimento Portland (28,57%), telha cerâmica (32,49%) e esquadrias de alumínio (32,58%). Juntos, esses insumos representam 56% da alta do INCC no período, provocando um efeito perverso sobre os contratos de fornecimento de obras que tenham concentração desses materiais.
Neste cenário, mais e mais a construção off-site vem despontando como principal solução para otimizar os orçamentos de obras e ainda agilizar os processos construtivos, encurtando o ciclo do empreendimento e reduzindo custos diretos e indiretos.
Obras entregues pela Valor Real em parceria com a Tecverde
Grandes empresas do setor já estão aprimorado seus processos construtivos e apostando na industrialização como forma viabilizar seus projetos. O caso mais recente é o da construtora Tenda, que está se mobilizando para desenvolver sua própria “fabricas de casas”, construídas em wood frame.
Com a industrialização, além das reduções de custos, a Tenda espera conseguir otimizar sua oferta de produtos, alcançando regiões que antes não eram endereçáveis pela construtora. Ainda, segundo Renan Sanches, CFO da construtora, as construções em wood frame se tornam muito mais vantajosas quando se fala em giro de ativos.
“Por um lado você tem a fábrica, um imobilizado, que não existe quando você faz construção tradicional, mas você otimiza muito o giro, pela velocidade de produção que você tem”, afirma. Para ele, quando a construtora tem uma boa velocidade de vendas, também existe o benefício de se decidir quando ela irá começar a obra. “Você tem o prazo máximo de 24, 36 meses e faz uma obra tão rápida, que só vai começar a construir na hora ideal. E esta decisão só pode ser tomada quando se tem uma obra rápida”, complementa. Sanches finaliza afirmando que, com este processo construtivo, certamente se otimiza o retorno do capital, por não ser preciso investir tanto na obra em si, quanto nas construções em alvenaria tradicional, que possuem um ciclo mais longo de obra. (assista a entrevista completa clicando aqui)
Tendo isso em mente, outras grandes construtoras, parceiras da Tecverde, também estão inovando e entendendo que o mercado está mudando. MRV, Prestes, HM e JN são algumas das empresas que estão apostando em projetos off-site em wood frame para trazer mais celeridade e eficiências em seus empreendimentos.
Empreendimentos HM, Prestes e MRV em parceria com a Tecverde
Dentre outros benefícios que podemos destacar da industrialização em wood frame, temos o maior controle de qualidade, já que a produção é realizada em ambiente fabril, o que diminuiu drasticamente a quantidade de processos artesanais de obra, como os que acontecem na alvenaria tradicional; a celeridade de produção que não fica alvo de intempéries climáticas; a montagem otimizada em canteiro, o que confere redução de até 4x no tempo de obra; melhores níveis de desempenho térmico e acústico; e a sustentabilidade com redução no uso de água, emissão de gases poluentes e na geração de resíduos.
Embora utilizada amplamente em vários países da Europa, além de ser fortemente empregadas em moradias nos Estados Unidos, Canada e Chile, por exemplo, a tecnologia wood frame ainda é vista como novidade aqui no Brasil. Principalmente por este motivo, um dos principais entraves para o avanço do sistema no país é justamente entender a aceitação do cliente final, na hora da compra do empreendimento.
Para Guilherme Werner – sócio da Brain Inteligência Estratégica – em anos de pesquisa com o consumidor final, em 100% dos resultados é pífio o número de pessoas que sequer considera o sistema construtivo da residência como impeditivo para a aquisição do imóvel.
A Tecverde, em 12 anos de atuação, também já desenvolveu algumas pesquisas com o consumidor, relacionadas a aceitação do cliente final. Nestes estudos, os fatores predominantes que aparecem em destaque para decisão de compra do imóvel são a segurança, o preço, a localização e a infraestrutura. O sistema construtivo nem chega a ser mencionado.
Para desmistificar ainda mais este ponto, neste mês de maio, realizamos uma TECLIVE especial com os executivos da MRV, Prestes, JN e VGV SA, contando um pouco mais sobre suas experiências em vendas dos empreendimentos em wood frame, em conjunto com a Tecverde.
Confira a live completa: