Popular no exterior, construção ‘off-site’ ganha força no Brasil com a pandemia
No ultimo dia 04 de abril, o Jornal Estadão trouxe uma matéria específica sobre a industrialização da construção civil Brasileira.
Largamente utilizada no Canadá, em países europeus e no Japão, a construção “off-site” está começando a criar raízes no Brasil. O termo inglês significa “fora do terreno” – ou seja, é um método construtivo que não acontece no canteiro de obras, mas em uma fábrica.
O modelo permite que diversas etapas da construção ocorram simultaneamente, dentro de um ambiente controlado e não sujeito a intempéries, enquanto o terreno é preparado para receber o empreendimento. Funcionando sob a lógica de produção, com etapas padronizadas e parametrizadas, o método garante uma entrega em 25% do tempo necessário na construção em alvenaria convencional.
Nos dois exemplos apontados na reportagem, existe a presença da expertise Tecverde. Primeiro, o case da Brasil ao Cubo que viabilizou, junto a empresas parceiras, a construção de 05 hospitais permanentes em 2020. Neste cenário, a Tecverde atuou fabricando as paredes e montando os módulos, que saíram do parque fabril da empresa, em Araucária, já prontos para a acoplagem nos canteiros de obras. Neste sistema, existiu o diferencial de integrar aos painéis, além dos kits elétricos e hidráulicos, a tubulação para a passagem dos gases hospitalares, essenciais para o funcionamento de vários aparelhos e terapias.
Na sequência, o case da Construtora Tenda que anunciou, no final de 2020, a montagem de uma fábrica no segundo semestre de 2021, para dar vazão ao novo sistema construtivo da incorporadora. A expectativa é que ao final de 2026 a empresa consiga entregar 10 mil unidades por ano, de habitações construídas no sistema industrializado wood frame. Para viabilizar este projeto, a Tenda está desenvolvendo dois pilotos. Um deles, na cidade de Leme, interior de São Paulo, conta com a parceria Tecverde, em um formato de transferência de tecnologia.
A construção industrializada vem despontando como alternativa aos altos custos e baixa produtividade da construção civil brasileira. Embora o wood frame seja relativamente novo no país, ele já superou diversas barreiras, como a criação de uma regulamentação específica e o desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos que possibilitam a conquista de escala produtiva e mais agilidade de processos.